sábado, 28 de março de 2009

"Utopia da Comunicação"


“Utopia da Comunicação”

O problema da “Utopia da comunicação” é no fundo, o de todas as utopias: o de que elas prometem sempre mais do que aquilo que, de facto, podem dar?
Claro que a “Utopia da comunicação” é bem diferente da utopia cientista, utopia Iluminista e a utopia comunista, porque segundo o pensamento de Norbert Wiener as utopias cientista, Iluminista, comunistas caracterizam – se e estabelecem uma dialéctica união-conflito que não deixar de excluir ao mesmo tempo que inclui, enquanto a “Utopia da Comunicação” cria uma união de todos, com todos e a Inclusão Total, mesmo daqueles que não queiram. A “Utopia da Comunicação” inclui os que comunicam e até aqueles que se recusam a comunicar como afirmam os pensadores da Escola de Palo Alto “não podemos não comunicar” (1º axioma de comunicação – Níveis de comunicação). Assim a comunicação é completamente impossível, na medida em que a própria recusa da comunicação já é, e é de forma significativa, uma forma de comunicação.
Assim a “Utopia da Comunicação” é uma realidade entre as pessoas, na Escola, sala de aula, com o Professor, na Família, com os Amigos; em Sociedade.
Segundo Norbert Wiener, as utopias podem ou não deixar o mundo na mesma, ou seja, em certos aspectos podem deixar este mundo melhor que, noutros aspectos, elas (Utopias) o tornem pior.
A “Utopia da Comunicação” emergiu como “valor pós – traumático” e pretensa alternativa à barbárie, ao racismo, e à sociedade de exclusão, ou seja, como combate a desordem, a entropia, contra tudo o que se interpõe entre os Homens e torna opaca as suas relações, tudo que conduz inevitavelmente as nossas sociedades ao desastre e à destruição dos laços sociais.

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